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Ricardo Eletro

O preço da enganação

Os baianos não tiveram o que comemorar no Dia de São Pedro (29 de junho). Após um afogamento coletivo, seis jovens de idade entre 12 e 20 anos perderam a vida quando banhavam nas águas do Rio São Francisco, na cidade de Morpará, região dos municípios de Barra e Ibotirama, no início do oeste do Estado. Para as famílias das vítimas o dia do santo pescador e primeiro papa da Igreja Católica será marcado por uma das maiores tragédias fluviais da Bahia.
Informações dão conta de que os jovens, naturais do município de Ipupiara, estavam em Morpará participando do tradicional festejo de São Pedro, acompanhados de familiares. Uma fatalidade sem precedentes.
Quando se tem acesso a este tipo de notícia, o que vem à cabeça das pessoas são os excessos de confiança, a falta de responsabilidade e a afoiteza por parte dos jovens. Em muitos casos essas são as principais causas dos mais diversos tipos de acidentes. E o pior, na maioria das vezes os pais ou responsáveis não são informados das agendas dos ‘protótipos’ de adultos. O desafio ao perigo é uma constante, como se no momento em que se desafia ao que lhe é ensinado ou aconselhado, o prejuízo material, físico e moral atingirá apenas a si próprio. Um grande engano.
Não que o banho de rio dos jovens tenha acontecido sem o conhecimento dos seus familiares, mas pela falta de informações verdadeiras já ser uma quase regra no meio dos mais moços, imagina-se de pronto que tenha acontecido algum tipo de descumprimento na regra familiar.
No Brasil os adolescentes estão morrendo em número cada vez maior, antes dos 21 anos. Nos acidentes de trânsito, na violência urbana, no consumo de drogas, grande parte da Mocidade brasileira finaliza seus dias, enquanto outra parte fica marcada para sempre.
Tristes acontecimentos remetem à negatividade, ao mal, ao ruim. O preço da enganação, da trapaça e da mentira costuma ultrapassar os limites dos valores. Em um mundo cada dia mais violento e perigoso, todo cuidado é pouco. Para os jovens de pouca idade, principalmente os que prezam a família, os conselhos, as lições de vida, os pareceres positivos, o que deve ser seguido se resume na seguinte frase: “Aceita que dói menos”.
Às famílias das vítimas do afogamento, condolências.

Gervásio Lima.
Jornalista e historiador

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