Alvo
 da Operação Detalhes, o deputado estadual Roberto Carlos (PDT) tentou 
minimizar o conteúdo do inquérito existente contra ele, que o acusa de 
ter oito funcionários fantasmas e se apropriar do salário dos falsos 
assessores. “Vamos aos fatos. Até o momento, nem eu nem meu advogado 
recebemos cópias do inquérito. Só podemos nos posicionar quando 
conhecermos os autos. Antes disso, qualquer declaração é prematura ”, 
afirmou em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 
102.5. O pedetista disse estar à disposição para prestar esclarecimentos
 à Polícia Federal em “qualquer dia, hora ou local” e evitou responder 
às perguntas feitas. Questionado, por exemplo, se renunciaria ao mandato
 caso ficassem comprovadas as irregularidades apontadas pela PF, o 
parlamentar se esquivou. “A discussão não é esta. A PF não está me 
acusando; está fazendo uma investigação, como investiga qualquer um”, 
comparou. Roberto Carlos contou que estava em casa quando soube da 
operação deflagrada nesta terça-feira (3) e que a notícia foi “um baque”
 para ele. Ele negou que tenha participado de uma reunião ocorrida em 
junho de 2010, quando cerca de 20 deputados foram alertados pelo 
presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT), de 
que o Ministério Público Federal (MPF) apurava movimentações financeiras
 muito acima dos rendimentos parlamentares. Ao ser perguntado o que 
faria caso o escândalo do qual é protagonista tivesse um colega seu no 
papel central, o pedetista disse que iria investigar o caso, já que é o 
corregedor da Assembleia Legislativa. “Ia apurar os fatos. Depois de 
apurados, iria me posicionar”, declarou o deputado, que destacou suas 
origens em uma provável tentativa de comover o eleitorado. “Tenho 22 
anos de vida pública e no mesmo partido, sempre dedicada às causas dos 
mais simples, porque fui camelô e barraqueiro. Deus está no comando e a 
verdade virá o mais rápido possível”, prometeu.
BN
BN

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