O eleitor tem sido
interrogador e interrogado a respeito de quem realmente “fala” a
verdade, a Justiça Eleitoral, os processados julgados e não julgados, ou
simplesmente eu, tu, ele, nós, vós, eles? E quem assumiria o papel de
corrupto e o de corruptor, o votante ou o votado? Inversão de valores?
Nunca
na história deste país a corrupção foi tão exposta; nunca antes se
observou a democracia sendo aplicada de fato; nunca se havia visto
tantos brasileiros com orgulho de ser brasileiros, com acesso a serviços
elementares e aumento da autoestima; assim como nunca se viu também
falsos moralistas e paladinos da moralidade condenados e, ou, tendo seus
mandatos e direitos eleitorais cassados diversas outras práticas
delituosas.
Mas, surpreendentemente e infelizmente, atos
repudiados e condenados pela população recebem uma espécie de ‘perdão
momentâneo’, ‘anistia programada’, um tipo de ‘amnésia eleitoral
propositada e sadomasoquista’ durante o período de campanhas políticas.
Se
a justiça tarda, boa parte do eleitor falha. Partindo do princípio de
que onde há fumaça existe fogo, porque então confiar novamente nos que
estão sendo julgados por trair a confiança do eleitor com crimes que vão
desde desvio (roubo) de dinheiro público à compra de votos?
Há
uma necessidade urgente de melhoria das condições de vida da população, a
partir de práticas e ações concretas e não com obras eleitoreiras. O
papel do representante, eleito através do voto direto, é de promover, de
fato, políticas públicas que atinjam o todo e não espaços pontuais.
Praças, quadras poliesportivas e, principalmente asfalto onde já exista
pavimentação, sem a valorização das áreas de saúde e a educação,
inevitavelmente afetarão a geração de emprego e renda na cidade. A
partir do momento que o povo seja respeitado e tenha realmente garantido
seus direitos, acontecerá o tão necessário e sonhado desenvolvimento
local.
Uma frase simples e objetiva, mas com um poder enorme diz
que “assim como o povo bota, o povo tira”. Por conta disto, uma outra
frase forma completamente seu sentido: “FORTE É O POVO”!
“Minha
cidade parece pequena se comparada com um país, mas é na minha, na sua
cidade que se começa a ser feliz. Olho no olho, quem fala a verdade,
presto atenção e o coração me diz, se a vida ensina eu sou aprendiz...
Será que a gente é que é diferente,será que os outros são tão iguais...
... Se a vida ensina, eu sou aprendiz”.
Gervásio Lima
Jornalista e historiador.
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