Surge entre
traficantes e consumidores de drogas, um novo entorpecente a
“craconha”, uma combinação do crack e da maconha, conhecida também como
“zirrê” e “criptonita”, com capacidade de provocar riscos bastantes
superiores à saúde dos usuários, em comparação com outras drogas. A desirré,
já existia antes em São Paulo, com a denominação de “mesclado”, sendo
mais consumida na classe média. De acordo com os médicos, o consumo
das duas drogas associadas contrabalança os efeitos da maconha e da
cocaína – o crack é a cocaína em uma forma diferente, própria para o
fumo. “A maconha dá leseira e a cocaína dá agitação”, explicam. O
cérebro é o mais perturbado, sofrendo com as dificuldades de
concentração que as duas drogas proporcionam. Um risco sério é o
desenvolvimento de psicose, que aumenta em até quatro vezes com o uso da
maconha. Com o estímulo trazido pela cocaína, isso pode levar a um
comportamento agressivo. Os pulmões também são afetados, assim como no
uso de qualquer outra droga fumada, incluindo o tabaco. Para o sistema
circulatório, o consumo da cocaína representa sempre um risco, pois a
droga acelera o coração e contrai os vasos sanguíneos, o que pode levar a
um infarto. De acordo com o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção
ao Uso de Drogas, vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ), a maioria dos dependentes utiliza a “criptonita” como um
primeiro estágio rumo ao consumo de crack. Jequié Repórte
Nenhum comentário:
Postar um comentário