Enquanto o assunto mais comentado no país na área de saúde
ultimamente é a contratação de médicos pelo governo federal, diversas cidades
penam em resolver, não só a falta do profissional, mas o problema da falta do
local para este laborar e, ou, quando existe, condições físicas e equipamentos necessários
para tal.
Jacobina vive uma situação atípica. Depois da insensatez do
Executivo local, que através de atos irrefletidos recusou receber benefícios e
implantar serviços que mudariam substancialmente as condições da saúde pública
da cidade, como a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o
Laboratório Central e a Central de Regulação, o município sede da região dá-se
o luxo de dispensar os serviços de um hospital da cidade, como se o único
nosocômio municipal seja o suficiente.
Já se passaram mais de sete meses e o embate político entre
dois grupos se torna cada vez mais como o principal motivo para a barbaridade
contra o jacobinense, a falta de atendimento médico especializado e de
qualidade. Os cidadãos e cidadãs que há mais de três décadas vêm sendo
castigados, pasme, por médicos, radiologista e assistente social (todos os
gestores da final da década de 70, até os dias atuais são da área de saúde), ao
contrário dos que vivem os subestimando, já deu demonstrações dos seus
descontentamentos.
A falta de médicos e a superlotação no atendimento no
Hospital Municipal Antonio Teixeira Sobrinho são uma das principais e claras demonstrações
da precariedade na área de saúde, mas mesmo com estes problemas, inclusive com
várias vidas ceifadas, a frieza e a desumanidade insistem em imperar.
As estatísticas assustam. Nos últimos meses diversas mortes
aconteceram em Jacobina por conta da falta de uma atenção digna na área de
saúde. Que os digam os familiares do ex-secretário de saúde, José Luiz (Zé
Banana). Até quando irá se gastar absurdas cifras com consultorias e festas
desnecessárias, enquanto a população, literalmente, tem morrido à míngua? Conceitos
precisam ser revistos, não só por parte dos administradores, mas,
principalmente dos que possuem o poder de colocar e, também, de tirar, um
governante.
A situação da saúde pública em Jacobina é assunto de extrema
importância para ser debatido, avaliado e, urgentemente, ser resolvido. Chega
de imprudência e disse me disse, para não confundi a timidez do vulcão com sua
erupção.
Para os insolventes e os que acreditam na perpetuação da
enganação, é bom não esquecer o adágio popular:
“Quem geme, é quem sente a dor”
Que os deslocamentos para a capital do Estado sejam para o
turismo, o lazer, o de viver a vida.
Gervásio Lima é jacobinense, jornalista e historiador.
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