A irresponsabilidade e
insensibilidade da chefa do Executivo de Jacobina atingem níveis inconcebíveis
e inimagináveis para um ser humano que dispõe do mínimo de sanidade mental.
Acéfala à verdadeira situação do município, seja pelas consequências da falta
de chuva e pela preocupante epidemia de dengue, em seus variados tipos, a
alcaide, numa demonstração clara de birra manteve a data anunciada oficialmente
há pouco mais de dois meses, se não for menos, e realizará a festa de micareta
da cidade.
Chega a ser imoral e indecente
promover um evento com dinheiro público enquanto o município está atolado de
grandes e sérios problemas de ordem social e de saúde pública. Jacobina vive
atualmente um dos piores períodos de seca das últimas décadas; a falta de
pastagens e principalmente de água sucumbi o já combalido rebanho pecuário do
município e outras atividades rurais.
Acreditar que uma festa popular poderá mudar a opinião dos
moradores de uma cidade e, principalmente, de eleitores, é subestimar a
inteligência das pessoas. Fazer o que poderia ter feito nos primeiros anos de
administração, idem. Depois da preocupação e o medo do pior o que acalenta é
saber que o povo vem aprendendo a identificar os tiranos, diferenciar o joio do
trigo e, o melhor, conhecendo inclusive o significado da palavra improbidade
administrativa.
Se posicionar contra a Micareta de Jacobina seria uma espécie
de blasfêmia. Melhor, mais bonita e cativante folia momesca da Bahia, sem demagogia
ou bairrismo. Famosa por diversas peculiaridades positivas, a micareta é uma
das maneiras literalmente festivas do jacobinense receber seus visitantes e
convidados. Esquecida e até mesmo não realizada, como aconteceu na
administração do então prefeito Leopoldo Passos, esposo da atual prefeita
Valdice Castro, a festa também por várias vezes teve sua data modificada nos
últimos anos. Manter uma data politicamente incorreta para o momento é pura
ignorância, reflexo não comum para alguém que se imaginava ser um ser que tem a
missão de prestar um serviço à vida, com o dom da maternidade.
Contrariando o tradicional calendário
de festa de rua da Bahia, a Prefeitura Municipal decide concorrer com a maior
micareta do Brasil, a da cidade de Feira de Santana, quando as mais badaladas
atrações musicais baianas voltam a se encontrar após o Carnaval de Salvador.
Com evento garantido na mesma data o interesse dos artistas diminui e os
valores do contrato de atrações praticamente triplicam. Além da insensatez em
não considerar os problemas do momento, a concorrência de data com Feira de
Santana é outro agravante e instiga uma averiguação, se não uma investigação.
Aos que estarão participando da Micareta de Jacobina entre os
próximos dias 19 e 22 de abril, desejamos boa sorte e boa festa. E já como não
teve jeito a preocupação das autoridades de saúde da cidade com pedidos de
adiamento da festa, acrescentem aos itens de prevenção (se beber não dirija,
sexo segura só com preservativo e outros) o repelente contra mosquitos.
Outra dica importante,
para um pouco mais para frente, mas precisamente no dia 7 de outubro deste ano:
REPELE OS QUE NÃO CUIDARAM DE VOCÊ.
Gervásio Lima
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