Segundo sargento dos bombeiros, ela ficou 10 minutos desacordada.
Criança de 1 ano ficou bem após salvamento, diz socorrista.
Uma menina de 1 ano de idade se afogou em um balde cheio de água na manhã desta segunda-feira, em Ouro Preto e foi reanimada com a ajuda de uma caneta. Segundo o Corpo de Bombeiros, a criança ficou desacordada por dez minutos.
A família da menina contou, nesta terça-feira (25), que a criança
estava na casa de uma tia no momento do acidente. A mãe da menina, que
tem deficiência auditiva e na fala, estava em casa, que é perto de onde a
criança estava. O sargento Moisés Dias de Paula, chefe da guarnição do
Corpo de Bombeiros que prestou o socorro à criança, contou ao G1 nesta
segunda-feira (24), que o afogamento aconteceu na casa da menina, e que
sua mãe não teria conseguido pedir socorro. Neste momento, um garoto da
família que estava próximo cumpriu a tarefa de gritar por ajuda e a
casa se encheu, mas as tentativas de reanimar a garota não deram certo.
A família acionou o Corpo de Bombeiros, cujo quartel fica a quatro
quilômetros de distância. Como a casa fica no alto de uma encosta, em um
bairro de difícil acesso, os três bombeiros tiveram que parar o carro
ao pé do morro e correr por 100 metros até alcançar a casa da família,
cerca de sete minutos depois do chamado, de acordo com o sargento
Moisés.
"Se tivéssemos demorado mais três minutos, ela teria falecido", diz
ele. "Ela estava em cima de uma mesa, praticamente morta. Fiz massagem
cardíaca, desci com ela pela escada, parando de vez em quando para fazer
mais massagens e, na viatura, fiz a reanimação cardiopulmonar com uma
caneta, porque a cânula não entrava pela boca da criança, que estava
muito fechada", relatou o socorrista ao G1.
"Ainda na viatura, ela chorou, se debateu, as pupilas, que estavam
dilatadas, voltaram ao normal. Quando chegamos à UPA (Unidade de
Pronto-Atendimento), constataram que ela já estava praticamente bem",
diz o sargento Moisés.
Quase três horas depois, o helicóptero Arcanjo 1, do Corpo de
Bombeiros, buscou a criança e a levou ao Hospital de Pronto-Socorro João
XXIII, em Belo Horizonte,
onde ela foi internada. Segundo o sargento Moisés, os médicos do
helicóptero já disseram que a criança estava bem àquela hora, sem risco
de morrer. Segundo médicos que atenderam a menina, como o socorro foi
rápido, ela não deve ficar com sequelas. A criança continua internada, e
respira com a ajuda de aparelhos, mas o quadro é estável. A estimativa é
que ela saia do respirador artificial em 48 horas, se apresentar
melhora com a medicação.
O sargento diz que esse tipo de afogamento doméstico é raro e que o último caso parecido ocorreu na cidade no ano passado. G1
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