Os pneus do ônibus que causou o acidente, como mostra a foto, estavam bem gastos
Tais Nunes de Amaral, vítima fatal
Na
manhã desta terça-feira (20), principalmente nos programas das
emissoras de rádio, choveram críticas contra a precariedade do transporte
coletivo na cidade de Jacobina. Os usuários do serviço acusam a empresa
Hilla, concessionária do transporte coletivo no município, de
negligenciar com a qualidade dos ônibus que circulam no perímetro
urbano, suburbano e rural de Jacobina. "São ônibus velhos, caindo aos
pedaços, verdadeiras latas velhas que quebram praticamente todos os
dias", denuncia Maria Isabel Silva, que reside no povoado de Cachoeira
Grande.
Mesmo
antes do acidente desta segunda-feira (19), as reclamações já eram
tantas que um grupo de presidentes de associações de bairro esteve na
Câmara de Vereadores, relatando aos parlamentares a situação, e pedido
que houvesse a intervenção do Executivo Municipal junto à empresa
concessionária, mas, apesar do alerta, nenhuma medida foi tomada e os
coletivos continuaram circulando sem ser fiscalizados. "Na semana
passada, num mesmo dia, o ônibus chegou quebrar duas vezes, deixando
dezenas de passageiros esperando a chegar de um veículo substituto, que
demorou muito para chegar ao local", afirma a aposentada Silvana Souza,
residente no bairro da Catuaba.
"Conversei
com o vereador Ramon pedindo ajuda para uma reunião com o prefeito,
mas, como estava demorando, solicitei por ofício o espaço do Tribuna
Livre da Câmara convidei todos os presidentes de associações e através
da Câmara sugeri uma reunião com a empresa, presidentes, vereadores e o
prefeito, mas, infelizmente, a morosidade das coisas acontecerem é
incrível, pedir até a alguns vereadores que utilizasse o transporte mas
nada disso foi feito", relata Maria José Santos Ferreira, Zélia,
presidente da Associação do Bairro Jacobina II.
Além
da precariedade dos ônibus e falta de fiscalização, os buracos que
tomam contam das ruas da cidade, especialmente, em vias importantes como
Lomanto Júnior, João Fraga Brandão, Centenário, Raimundo Cedraz e Nossa
Senhora da Conceição, também são um desafio para os motoristas. "De
tanto ficar tentando desviar dos buracos, quando chegou em casa a noite,
estou com o corpo todo quebrado (sic)", relata um motorista que pediu
para não identificado.
Apesar de não oferecer nenhum conforto para os passageiros, o transporte coletivo em Jacobina é um dos mais caros do país, equivalente
ao de grandes capitais, como Recife (PE). Ou seja, para viajar uma
média de oito quilômetros, o jacobinense paga R$ 2,50, o mesmo valor que
um pernambucano da capital paga para circular 70 km, com direito a
baldeação.
A Câmara de Vereadores de Jacobina deverá se reunir amanhã para tratar do assunto.
Notícia Livre
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