Conforme kika Serra, da UFRJ - Universidade
Federal do Rio de Janeiro, em declaração recente em uma revista semanal, “há um
mar de indivíduos que não formulam opinião sobre nada. Eles buscam apoios nas
redes sociais”; referindo-se ao comportamento daqueles que não possuem um
perfil político definido, ou seja, em miúdos, os chamados ‘Maria vai com as
outras’, sujeito facilmente influenciado que se deixa ser levado pela opinião
de outras pessoas.
Graças à liberdade de fato e de
direito conquistada pelo brasileiro após uma nova e inédita visão democrática
ser instalada no país e principalmente pelas importantes ferramentas utilizadas
para promover o ativismo social e político, como o Facebook e o Twitter e
outros meios de comunicação livres de censuras, as informações têm chegado sem
cortes. A partir desta constatação, pode se afirmar que se vive um momento não
de maior corrupção já vista e sim, de maior exposição midiática da corrupção.
Pauta praticamente permanente dos
meios de comunicação, as denúncias contra políticos corruptos são notícias
corriqueiras. ‘Vereador presidente de Câmara acusado de superfaturar compras e
orçamentos anuais’, ‘Prefeito ficha suja é cassado por ter contas rejeitas pelo
TCM continua no cargo’, ‘Deputado baiano é acusado de crime eleitoral’, entre
outras manchetes (chamadas), passam despercebidas por ouvintes, telespectadores
e leitores.
Recorrendo novamente a mais uma
expressão popular utilizada frequentemente, espera-se, verdadeiramente, que “Inês
não seja morta”, e as denúncias e os casos de corrupção sejam investigados,
publicizados e, principalmente, os culpados condenados. Que aja efetivamente
uma solução para o problema, seja com de revisão e, ou, criação de novas leis
por parte das autoridades parlamentares e judiciais e pela participação da
sociedade a partir de debates, críticas, sugestões e questionamentos.
O país, sem dúvidas avançou em
diversas áreas, principalmente no social e na distribuição de renda, mas,
infelizmente, a consciência política e a forma de escolha dos representantes
políticos ainda precisam avançar, e muito, principalmente na escolha de
vereadores e prefeitos, representantes mais próximos dos eleitores.
Pela facilidade de conhecer o comportamento de muitos
políticos, os moradores de pequenas cidades verificam mais facilmente a
trajetória perversa de alguns desses indivíduos para alcançarem os privilégios,
proteção e as facilidades desonestas que decorrem da fama e do poder. Por conta
disto, a falta de conhecimento não poderá ser mais a justificativa pelas más
escolhas.
É necessário que os representantes sejam escolhidos de
forma consciente, séria e madura, para que a frustração, o lamento e o
arrependimento, com certeza ocorridos diversas vezes, não aconteçam pela escolha
infeliz de políticos e governantes amorais e imorais.
Dizia Platão que o governante deve ter em vista
somente o bem público, jamais visar a si mesmo. Será?
Como diz meu irmão Nikolau, que não é Maquiavel:
“Ai mai Jésus, tenha miserica de mai brother”.
Por Gervásio
Lima
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