“Falácias, somente falácias. Até quando isso?”, interroga um ‘pré-consciente’
e visivelmente culto cidadão a outro não consciente e totalmente inescrupuloso,
que na bucha responde: “até a próxima eleição, quando poderemos dar o troco
votando naquele que pensávamos que fosse o pior. Aí sim, quero ver a gente não
descontar. Ladrão por ladrão, pela dama ou pelo rei, no próximo jogo o peão
será o responsável pelo xeque-mate”.
Trocadilhos a parte. Com cultura ou sem cultura, o cidadão,
independente do grau intelectual, nas mesmas proporções dos que se acham seres
dotados de conhecimentos superiores aos seus semelhantes, possui igualmente os
mesmos direitos e, principalmente, deveres e obrigações. Por tanto, o cidadão, no
papel de escolhedor oficial de seus representantes, em todas as esferas, deverá
sempre lembrar que escolher qualquer um pode ter consequências
negativas sérias no presente e no futuro, sendo que depois é tarde para o
arrependimento. Daí, “Inês é morta”.
Escolher um péssimo governante pode representar
uma vertiginosa queda na qualidade de vida de uma população. Desta forma, é preciso
dar mais valor a política, tratando-a com mais seriedade e responsabilidade. Evitando
agir por emoção, todo indivíduo deve acompanhar com atenção e critério tudo que
ocorre em sua cidade, em seu estado e no país.
Os políticos não são todos iguais, isto é um fato.
Existem políticos corruptos, cínicos e incompetentes, este é outro fato. Por
tanto, o senso crítico e a capacidade de discernir a partir da razão, sem
intermediações tendenciosas, principalmente dos meios de comunicação que se
dizem ser ‘a voz do povo’, é um fator essencial para o início das tão
necessárias e esperadas mudanças e os importantes avanços. Acompanhar os
noticiários, com atenção e critério, para saber o que os representantes dizem o
que fizeram ou que irão fazer e o que realmente estão fazendo, já pode ser uma grande
ação cidadã. A informação de verdade, se não for a principal, é uma das mais
importantes ‘armas’ no momento de qualquer escolha.
Utilizando dos seus direitos e de suas obrigações
a população precisa acompanhar de perto, bem de perto, o trabalho dos que
confiou a concessão de um mandato, seja ele no Executivo ou no Legislativo. A
ausência de fiscalização popular e a forma que são externadas as informações fazem
com que sérios crimes de corrupções públicas passem despercebidos e, ou, se
tornem algo simplesmente trivial, uma espécie de regra de grupos políticos que
se apoderam da disputa pela força eleitoral, em detrimento da moral.
Um bom político, o bom gestor, o ético, o honesto,
não é e nem precisa ser necessariamente aquele que dispõe de uma condição
financeira diferenciada, aquele que se destaca pela atividade ou função que
exerce, ou aquele que possui estereótipos agradáveis. As aparências enganam.
Sejamos pragmáticos.
“De que vale seu cabelo liso e as ideias
enroladas dentro da sua cabeça? (Ana Carolina – Implicante)
Por
Gervásio Lima
Jornalista
e Historiador
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