É impressionante como algumas
pessoas reagem ao ver ou perceber o sucesso dos seus semelhantes. O sentimento
de ódio, misturado com ciúmes e a inveja, considerada um dos piores e mais
condenáveis pecados capitais, invade literalmente o corpo dos que torcem pelo
‘quanto pior, melhor’, independente do que está se jogando praga venha
beneficiar a si próprio.
Numa clara demonstração vexatória
de receio por uma provável concorrência, um pequeno e seleto grupo da sociedade
tentou deturpar o plausível e necessário Programa Mais Médico’, implantado pelo
governo Federal com objetivo de suprir a falta de profissionais médicos em
diversas cidades do país, principalmente as localizadas nos interiores mais
distantes do norte e nordeste.
Os abastados, que possuem planos
de saúde e condições suficientes para pagar consultas, exames e até mesmo
internações hospitalares, podem até não perceber a importância do programa,
quiçá quando algum empregado e, ou, um familiar do mesmo falta ao trabalho
vítima de algum tipo de perturbação da saúde e precisa de atendimento médico
para retornar às suas atividades laborais.
“Emprenhados pelos ouvidos”,
muitos desavisados, os chamados “maria vai com as outras”, chegaram a
acompanhar e aprovar os discursos daqueles que nunca perderam um familiar, um
ente querido, pelo simples fato de não ter recebido um primeiro atendimento,
uma avaliação médica. Por pouco os brasileiros não perderam um grande programa.
Felizmente, o tiro daqueles, principalmente de parte da imprensa televisiva do
sul e sudeste do país, saiu pela culatra. O que seria mais uma tentativa de desestabilizar
as políticas públicas voltadas para as classes mais necessitadas, está servindo
para mostrar aos que torcem contra tudo e todos que não adianta espernear, pois
o bem sempre vencerá o mau.
Os médicos cubanos estão
contribuindo não apenas para a vida da população, mas, também, com a vida
financeira de vários municípios que se viam obrigados a contratar médicos por
até 30 mil reais mensais de salário, quando não aderiam à fraudulentos e
corruptos grupos de cooperativas.
Prefeitos que até pouco tempo se
diziam contra a contratação dos cubanos, brigam para que seus municípios sejam
contemplados com o ‘Mais Médicos’, e quando os são, riem à toa.
Os argumentos corporativos contra
a vinda e a atuação dos médicos cubanos foram sucumbidos por atos
‘ovacionadores’, festas e alegria por parte daqueles que sabe o que é dormir no
relento ou pegar a estrada para se conseguir um atendimento médico.
Sejam bem vindos los amigos
cubanos.
Como dizia meu sobrinho para
disfarçar uma vontade não atendida:
“Eu não quero, eu não queria”
Gervásio Lima
Jornalista e historiador
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