O perigo do mau uso das redes sociais
É fato que,
atualmente uma das melhores maneiras de conversar com amigos, fazer novos, e
até mesmo reencontrar amigos perdidos no tempo, são as redes sociais, mas, o
uso inadequado destas redes pode trazer muita dor de cabeça e muitos problemas.
Relações
conjugais em crise e até mesmo fim de relacionamentos amorosos, novos e
antigos, são alguns dos vários pontos negativos do acesso inadequado da rede
mundial de computadores, a internet. Existem muitos perigos na rede e a culpa
não é do Facebook, Orkut ou qualquer outro site, e sim de quem está à frente do
computador, smartphone, tablets e outros meios que dão condições de acesso. A
medida que as pessoas (internautas) se expõem fornecem informações importantes
sobre suas vidas ou acabam fazendo o que não deveriam.
A exposição
pessoal e familiar é um dos maiores perigos. Existem muitos predadores que usam
a internet para caçar sua presa. Se você posta fotos de sua família e associa a
elas informações como "meu marido está fora da cidade este final de
semana" ou "o pequeno Gabriel está grande o suficiente para ficar em
casa sozinho", são exemplos de riscos. Informações deste tipo podem
colocar a segurança dos filhos vulnerável.
Uma história
real, digna de roteiro de uma trama novelesca, contada por um taxista da cidade
de Salvador, chama atenção para a capacidade que a rede social tem em construir
e destruir relacionamentos. O motorista Cornélio (nome fictício patra não
expor, digamos, o personagem, ou melhor, a vítima), pessoa visivelmente de bem,
falante e extrovertido, se gabava dos seus dotes culinários: “temperei um
feijão com carne hoje pela manhã e até agora estou na expectativa de sentir o
gosto, mas estou preocupado, pois os meus filhos podem mexer e azedar”.
Indagado se a sua exposa não estava em casa, Cornélio disse que não tinha mais
esposa, que criava os filhos de 14 e 17 anos de idade, sozinho. Você é viúvo? O
taxista responde: “não, eu e meus filhos fomos abandonados por minha
ex-esposa”. Ué, abandonado como? O taxista explica: “minha esposa conheceu uma
pessoa pela internet e resolveu deixar tudo para trás e ir embora para a Costa
Rica, país localizado na América Central, bem longe daqui”. Que pena, sinto
muito por você. “Pois é, o pior é que durante os vinte anos que passamos
juntos, ela nunca demonstrou nada que eu pudesse desconfiar da sua fidelidade.
Sempre foi uma mãe e uma esposa maravilhosa, mas o diabo da internet virou a
cabeça dela”, disse Cornélio, com ‘voz de choro’.
Infelizmente,
o que aconteceu com o taxista tem sido uma praxe. Muitas pessoas, desavergonhadas,
perderam a noção de honra e pudor, uma verdadeira degenercência do caráter. Navegar em redes sociais é algo cada vez mais comum e um
vício para milhares de pessoas. Por meio delas se consegue fazer coisas que
antigamente só era possível pessoalmente.
Segunda a psicóloga clínica Marisa de Abreu, a pessoa
que trai virtualmente tem os mesmo motivos que a que trai pessoalmente. A única
diferença é que a internet tem meios mais práticos, que podem ser trilhados
dentro de sua própria casa, no cômodo ao lado de quem está sendo traído.
O objetivo
não é desmotivar o uso dessas redes. Não é isso! A intenção é motivar o uso
consciente e seguro. Até porque não se pode ignorar os inúmeros benefícios
dessas ferramentas: aproximação das pessoas, publicidade, oportunidades de
negócio, divertimento, entre outros.
Por Gervásio Lima – Jornalista e historiador
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