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Ricardo Eletro

Traição virtual

O perigo do mau uso das redes sociais
É fato que, atualmente uma das melhores maneiras de conversar com amigos, fazer novos, e até mesmo reencontrar amigos perdidos no tempo, são as redes sociais, mas, o uso inadequado destas redes pode trazer muita dor de cabeça e muitos problemas.
Relações conjugais em crise e até mesmo fim de relacionamentos amorosos, novos e antigos, são alguns dos vários pontos negativos do acesso inadequado da rede mundial de computadores, a internet. Existem muitos perigos na rede e a culpa não é do Facebook, Orkut ou qualquer outro site, e sim de quem está à frente do computador, smartphone, tablets e outros meios que dão condições de acesso. A medida que as pessoas (internautas) se expõem fornecem informações importantes sobre suas vidas ou acabam fazendo o que não deveriam.
A exposição pessoal e familiar é um dos maiores perigos. Existem muitos predadores que usam a internet para caçar sua presa. Se você posta fotos de sua família e associa a elas informações como "meu marido está fora da cidade este final de semana" ou "o pequeno Gabriel está grande o suficiente para ficar em casa sozinho", são exemplos de riscos. Informações deste tipo podem colocar a segurança dos filhos vulnerável.
Uma história real, digna de roteiro de uma trama novelesca, contada por um taxista da cidade de Salvador, chama atenção para a capacidade que a rede social tem em construir e destruir relacionamentos. O motorista Cornélio (nome fictício patra não expor, digamos, o personagem, ou melhor, a vítima), pessoa visivelmente de bem, falante e extrovertido, se gabava dos seus dotes culinários: “temperei um feijão com carne hoje pela manhã e até agora estou na expectativa de sentir o gosto, mas estou preocupado, pois os meus filhos podem mexer e azedar”. Indagado se a sua exposa não estava em casa, Cornélio disse que não tinha mais esposa, que criava os filhos de 14 e 17 anos de idade, sozinho. Você é viúvo? O taxista responde: “não, eu e meus filhos fomos abandonados por minha ex-esposa”. Ué, abandonado como? O taxista explica: “minha esposa conheceu uma pessoa pela internet e resolveu deixar tudo para trás e ir embora para a Costa Rica, país localizado na América Central, bem longe daqui”. Que pena, sinto muito por você. “Pois é, o pior é que durante os vinte anos que passamos juntos, ela nunca demonstrou nada que eu pudesse desconfiar da sua fidelidade. Sempre foi uma mãe e uma esposa maravilhosa, mas o diabo da internet virou a cabeça dela”, disse Cornélio, com ‘voz de choro’.
Infelizmente, o que aconteceu com o taxista tem sido uma praxe. Muitas pessoas, desavergonhadas, perderam a noção de honra e pudor, uma verdadeira degenercência do caráter. Navegar em redes sociais é algo cada vez mais comum e um vício para milhares de pessoas. Por meio delas se consegue fazer coisas que antigamente só era possível pessoalmente.
Segunda a psicóloga clínica Marisa de Abreu, a pessoa que trai virtualmente tem os mesmo motivos que a que trai pessoalmente. A única diferença é que a internet tem meios mais práticos, que podem ser trilhados dentro de sua própria casa, no cômodo ao lado de quem está sendo traído.
O objetivo não é desmotivar o uso dessas redes. Não é isso! A intenção é motivar o uso consciente e seguro. Até porque não se pode ignorar os inúmeros benefícios dessas ferramentas: aproximação das pessoas, publicidade, oportunidades de negócio, divertimento, entre outros.

Por Gervásio Lima – Jornalista e historiador

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